SOLENIDADE DE TODOS OS
SANTOS
Por Pe. Eliseu Oliveira
Dia 1º de novembro a
Igreja celebra o dia de Todos os Santos.
A Tradição da Igreja
considera Santo todos aqueles que, pelo seu modo de vida, se aproximaram tanto
das ações de Jesus que, após sua morte, já estão na Glória do Reino dos Céus e
participam da felicidade eterna com Deus, intercedendo pelos que ainda
peregrinam à casa do Pai.
Fazem parte desse estado
de felicidade plena aqueles que a Igreja reconheceu como santos, mas também
tantos outros que ficaram desconhecidos, cuja fé não passou despercebida aos
olhos de Deus que por isso os
recompensou.
Santos também são aqueles
que, neste mundo, no estado de vida em que se encontram (leigos, consagrados e
hierarquia da Igreja), procuram viver o Evangelho. No documento sobre o chamado
à santidade no mundo atual, o Papa escreve: “gosto de ver a santidade no povo
paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens
e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas
consagradas idosas que continuam a sorrir”.
Com isso, o Papa Francisco vem nos falar dos
pequenos gestos que santificam feitos no cotidiano, que ficam ocultos, mas que
manifestam a ‘santidade ao pé da porta’, aquela santidade possível a cada um de
nós se decidirmos viver o evangelho na condição atual vivenciada.
O mesmo diz o Catecismo
da Igreja Católica no número 2013: "Todos os fiéis cristãos, de qualquer
estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da
caridade.’ Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso
Pai celeste é perfeito’ (Mt 5,48): Com o fim de conseguir esta perfeição, façam
os fiéis uso das forças recebidas (...), a fim de que, cumprindo em tudo a
vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do
próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos,
como se demonstra luminosamente na história da Igreja pela vida de tantos
santos".
Celebrar o dia de Todos
os Santos é a oportunidade de pedir a intercessão destes heróis do combate
espiritual contra o pecado pessoal e estrutural, que uma vez saindo vencedores,
são ícones que apontam para Jesus e demostram com sua vida que é possível ser
autêntico discípulo-missionário de Cristo. Também é incentivo para os pequenos gestos
de santificação, possíveis a qualquer um de nós, nos ambientes que frequentamos
e junto às pessoas que compartilham de nossos círculos de relacionamento: no
cuidado, no amor, na compaixão, na paciência, no perdão, na misericórdia; na
defesa da vida humana desde sua concepção até o seu fim natural; no trabalho
pela justiça social e pelo bem comum; no respeito pelas diferenças e na
promoção da dignidade da pessoa humana.
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