domingo, 25 de novembro de 2018

ARTIGO: Jesus Cristo, Rei do Universo


Jesus Cristo, Rei do Universo

Por Pe. João Alberto Bagolin
Pároco da Paróquia Cristo Rei de Ijuí
e Vigário Geral da Diocese de Cruz Alta

A Igreja encerra o ano litúrgico proclamando que Jesus Cristo é o Rei do universo. Há todo um caminho percorrido por Jesus para chegar aonde chegou. Há todo um caminho percorrido por nós, seus discípulos missionários para proclamá-lo Rei. Esse caminho é o mesmo dele e que fazemos com ele. Caminho que começa na espera de sua vinda com o Advento, a acolhida que fazemos a ele no Natal, celebrando o seu nascimento; aprendemos dele a ser discípulos missionários acolhendo seus ensinamentos; o acompanhamos o caminho da cruz, na entrega total da sua vida como dom supremo do seu amor e celebramos a sua ressurreição. Acolhemos o dom do Espírito Santo que ele e o Pai nos enviam para sermos verdadeiros discípulos missionários. Cada ano fazemos de novo esse caminho, mas não ficamos parados no mesmo lugar. Cada ano estamos um degrau acima rumo à maturidade da nossa fé. Dizendo de maneira mais simples. Iniciamos o ano com o Advento, preparando a vinda de Jesus e encerramos o ano proclamando Jesus como Rei e Senhor do Universo.
Sim, Jesus é Rei, mas não como os reis deste mundo: “O meu reino não é deste mundo” (João 18,36). Isso que dizer que não é conforme a mentalidade humana que vê o rei como aquele que domina sobre os demais. Diz Jesus aos discípulos que estavam discutindo entre eles quem seria o maior: “Vocês sabem que aqueles que são vistos como governantes das nações as dominam, e seus grandes as tiranizam. Mas entre vocês não deve ser assim. Ao contrário, quem de vocês quer ser grande, seja o servidor de vocês. E quem de vocês quiser ser o primeiro, seja o servo de todos. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Marcos 10,42-45). Então esse é o jeito de Jesus: o servo que serve. A sua morte na cruz é a máxima manifestação da maneira de Jesus exercer o seu reinado: dando a vida por todos. A cruz torna-se o trono do Rei. Portanto, a lei deste reino é o amor. Aquele que sofre violência não reage com violência. Então, afirmamos que Jesus Cristo é rei, porque é aquele que serve e dá a vida pela humanidade.
Somos discípulos de Jesus Cristo. O aclamamos como rei. E aprendemos dele a ser como ele: servidores. Servidores do Reino de Deus. Empenhados em tornar o mundo melhor. Porque, se o reino não é deste mundo, se realiza, como sinal, neste mundo. O Ano do Laicato, que se encerra com a festa de Cristo Rei, lembra que os leigos e leigas devem ser “sal da terra e luz do mundo”. “’Sal da terra e luz do mundo’, o Senhor nos chama e nos envia! Testemunhas do seu Reino em toda parte, vivendo a fé no amor e na alegria!”

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Serviço de Evangelização da Juventude reúne lideranças diocesanas

O Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 da CNBB promoveu, nos dias 17 e 18 de novembro, um encontro de assessores, articuladores e comunicadores que atuam nos setores diocesanos de juventude para avaliar as ações realizadas durante o ano e planejar as próximas iniciativas do Plano Trienal 2017/2019, cujo tema é “Ide em Missão Pela Vida” e que tem como tema transversais a ecologia integral e as políticas públicas para a juventude. Também foram assuntos das discussões o Sínodo dos Bispos, realizado em outubro como o tema “O Jovem, a fé e o discernimento vocacional” e o Bote Fé, que será realizado no dia 24 de novembro.
A passagem sobre os discípulos de Emaús, narrada pelo Evangelista Lucas, é o fio condutor do Documento Final do Sínodo e o episódio também foi refletido durante as orações realizadas ao longo do encontro.  Na manhã de sábado, o grupo recebeu a visita do arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, que participou do Sínodo realizado de 4 a 25 de outubro, em Roma, e falou sobre os bastidores e principais encaminhamentos.
Dom Jaime esclareceu que o sínodo significa “buscar acertar o passo na mesma direção”. De acordo com o arcebispo, foram destaque dessa edição a participação do Papa nas sessões e a presença de jovens e de representantes de outras igrejas cristãs. “A presença dos jovens foi o ‘tom’ desse sínodo, porque trouxe alegria”, enfatizou.
Dom Adelar Baruffi, um dos bispos referenciais para a evangelização da juventude no estado, participou de todo o encontro e presidiu a Missa realizada na manhã de domingo, concelebrada pelos padres presentes no encontro. Dom Adilson Busin, que também é referencial, participou no sábado.
O domingo também foi reservado para uma conversa sobre o Calendário de 2019, que prevê ações nas paróquias, dioceses e a nível regional, em três âmbitos: missionariedade, formação e estruturas de acompanhamento. Para 2019, há uma novidade com relação à Escola de Assessores Jovens.
“Para o ano de 2019 temos um diferencial em nosso calendário regional, a escola de assessores jovens que vinha acontecendo em nível regional passará a acontecer um ano nas dioceses e um ano no regional. Outra novidade para 2019 é a visita do coordenador do serviço da evangelização da juventude para cada setor diocesano da juventude”, anuncia  coordenador do Serviço, Pe. Rudinei Zorzo.

Projeto "Trilhando Horizontes" realiza última etapa

Uma missa na comunidade Sagrado Coração de Jesus, da Paróquia Divino Espírito Santo, Catedral, deu início à última etapa do projeto Trilhando Horizontes, que tem como objetivo auxiliar os jovens na confecção de um projeto de vida.
Na última etapa, os jovens receberam perguntas referentes ao seu projeto pessoal de vida. Por isso, na parte da manhã, a primeira atividade após a missa foi relatar, de forma espontânea, o que já tinham conseguido pensar e escrever no seu projeto de vida. Também se avaliou diversas letras de músicas que falavam sobre o sentido da vida, amizade, solidariedade e fé. As frases poderiam depois ser usadas como motivadoras do projeto pessoal.
Na parte da tarde houve conversas em pequenos grupos sobre dificuldades encontradas na elaboração do projeto, bem como as preocupações e alegrias do jovem na atualidade. Nos pequenos grupos cada um assumiu um compromisso de mudar alguma coisa em seu modo de agir para alcançar os seus objetivos.
Todo o encontro foi acompanhado por assessores adultos (tios e integrantes do SAV) que marcaram presença nas reflexões dos pequenos grupos e, como última atividade, se propuseram a uma conversa individual em um primeiro exercício de acompanhamento do projeto pessoal de vida.
Encerrando as três etapas, lembramos que foram os grupos das paróquias de Cruz Alta, Paróquia Nossa Senhora de Fátima (JUPI e JUPAC), Paróquia Divino Espírito Santo - Catedral (GJEC, Peregrinos e SCJ) e Paróquia Imaculada Conceição ( JUPC e GRUJAC) que realizaram o primeiro Trilhando Horizontes da Diocese de Cruz Alta, sendo que no próximo ano esta atividade acontecerá em outras cidades da Diocese com outros grupos de jovens e crismandos.
Trilhando Horizontes é um projeto elaborado pelo Serviço de Animação Vocacional que, desde este ano, atua em conjunto com o Setor Juventude da Diocese, como pede o Sínodo “os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, para que a Pastoral Juvenil e a Pastoral Vocacional elaborem atividades comuns.
As etapas foram realizadas uma em cada paróquia da cidade de Cruz Alta, e o SAV contou com a colaboração dos assessores adultos (tios) e assessores jovens (coordenadores e lideranças dos grupos) na elaboração e avaliação de cada etapa. Na primeira etapa se refletiu sobre o Projeto de Vida de Jesus; na segunda etapa, o Projeto de Vida do Jovem e na terceira etapa, a importância de ter alguém que acompanhe e oriente o projeto de vida.
Foi mais um passo para que a cultura do projeto de vida e do discernimento vocacional se difunda em nossa Diocese.

Por Eliseu Oliveira 
Assessor Eclesiástico SDJ 






quinta-feira, 1 de novembro de 2018

ARTIGO: Solenidade de Todos os Santos



SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
Por Pe. Eliseu Oliveira 

Dia 1º de novembro a Igreja celebra o dia de Todos os Santos.
A Tradição da Igreja considera Santo todos aqueles que, pelo seu modo de vida, se aproximaram tanto das ações de Jesus que, após sua morte, já estão na Glória do Reino dos Céus e participam da felicidade eterna com Deus, intercedendo pelos que ainda peregrinam à casa do Pai.
Fazem parte desse estado de felicidade plena aqueles que a Igreja reconheceu como santos, mas também tantos outros que ficaram desconhecidos, cuja fé não passou despercebida aos olhos de Deus  que por isso os recompensou.
Santos também são aqueles que, neste mundo, no estado de vida em que se encontram (leigos, consagrados e hierarquia da Igreja), procuram viver o Evangelho. No documento sobre o chamado à santidade no mundo atual, o Papa escreve: “gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir”.
Com isso, o Papa Francisco vem nos falar dos pequenos gestos que santificam feitos no cotidiano, que ficam ocultos, mas que manifestam a ‘santidade ao pé da porta’, aquela santidade possível a cada um de nós se decidirmos viver o evangelho na condição atual vivenciada.
O mesmo diz o Catecismo da Igreja Católica no número 2013: "Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade.’ Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5,48): Com o fim de conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (...), a fim de que, cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na história da Igreja pela vida de tantos santos".
Celebrar o dia de Todos os Santos é a oportunidade de pedir a intercessão destes heróis do combate espiritual contra o pecado pessoal e estrutural, que uma vez saindo vencedores, são ícones que apontam para Jesus e demostram com sua vida que é possível ser autêntico discípulo-missionário de Cristo. Também é incentivo para os pequenos gestos de santificação, possíveis a qualquer um de nós, nos ambientes que frequentamos e junto às pessoas que compartilham de nossos círculos de relacionamento: no cuidado, no amor, na compaixão, na paciência, no perdão, na misericórdia; na defesa da vida humana desde sua concepção até o seu fim natural; no trabalho pela justiça social e pelo bem comum; no respeito pelas diferenças e na promoção da dignidade da pessoa humana.